"A Operação Barkhane viu os seus primeiros quatro casos confirmados de infeção por coronavírus", disseram elementos das Forças Armadas francesas.
Entre estes quatro oficiais, "um dos pacientes está a ser tratado e cuidado no local, e os outros três já foram repatriados" para França, "assim como um outro oficial que apresenta sintomas da doença mas não fez o teste", disse o porta-voz das Forças, o coronel Frédéric Barbry.
Estes quatro oficiais cujo teste à covid-19 deu positivo e "que chegaram à faixa Sahel-Sahara há várias semanas", estão "até agora sem apresentar sintomas".
"Todos os casos foram identificados e colocados numa área destinada a quarentena", explicou o coronel Barbry, salientando que "estes casos de contaminação, bem como as medidas tomadas para preservar o pessoal da força, não têm impacto nas operações, que continuam a um ritmo sustentado".
O Ministério das Forças Armadas francês também lamentou uma primeira morte entre as suas fileiras devido ao novo coronavírus, anunciada hoje: "Tratava-se de um funcionário civil do Serviço de Infraestruturas de Defesa (SID), que faleceu a 30 de março, com 62 anos".
A operação anti-jihadista Barkhane conta com 5.100 pessoas na luta contra os movimentos jihadistas em colaboração com os países da região do Sahel: Mali, Burkina Faso, Níger, Mauritânia e Chade. Trata-se da principal operação externa do exército francês.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 940 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 47 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 180.000 são considerados curados.
O número de mortes em África subiu para pelo menos 209 num universo de mais de 5.940 casos confirmados em 49 países, de acordo com as estatísticas sobre a doença no continente.