De acordo com um comunicado do gabinete do presidente cingalês Gotabaya Rajapaksa, 2.961 presos foram libertados sob fiança desde 17 de março.
As prisões do Sri Lanka estão altamente congestionadas, existindo mais de 26.000 presos, embora os estabelecimentos prisionais só tenham capacidade para receber dez mil pessoas.
Dois presos foram mortos e outros seis ficaram feridos no mês passado, em escaramuças com os guardas prisionais, causadas pelas estritas medidas de segurança impostas para controlar a propagação do vírus.
Até sábado, cinco pessoas tinham morrido no Sri Lanka devido ao vírus. O número total de casos confirmados aumentou para 166.
As autoridades cingalesas impuseram medidas muito duras para deter a propagação da pandemia, que incluem encerramento dos aeroportos e portos e confinamento obrigatório da população, controlado pelas forças policiais e exército.
As eleições legislativas marcadas para 25 de abril foram também adiadas, para data a determinar.
O presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, avisou mesmo os seus compatriotas no estrangeiro que não devem tentar regressar ao país.
"O aeroporto foi fechado para conter a propagação do coronavírus, como fizeram muitos outros países", argumentou o Chefe de Estado cingalês.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto de covid-19 espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com cerca de mais de 627 mil infetados e mais de 46 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, 15.362 óbitos em 124.632 casos confirmados até hoje.
Em Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, o último balanço da Direção-Geral da Saúde indicava 10.524 infeções confirmadas. Desse universo de doentes, 266 morreram, 1.075 estão internados em hospitais, 75 recuperaram e os restantes convalescem em casa ou noutras instituições.