Em conferência de imprensa realizada hoje na cidade da Praia, o ministro Arlindo do Rosário confirmou que o país continua a registar sete casos de covid-19, entre as ilhas da Boa Vista, Santiago e São Vicente, e um óbito.
O governante acrescentou que durante o dia de segunda-feira será fechado com o Ministério da Saúde de Cuba o acordo para o apoio de uma brigada de especialistas cubanos a Cabo Verde, após pedido das autoridades cabo-verdianas.
"Cuba já respondeu, mostrou a disponibilidade para cooperar e ajudar. Os pormenores desse eventual acordo, protocolo, serão discutidos amanhã [segunda-feira]", afirmou Arlindo do Rosário.
Explicou que o país conta atualmente com uma disponibilidade de 50 ventiladores, distribuídos por várias unidades, número que até à terceira semana de abril deverá chegar aos 120.
"Mas os ventiladores não são o problema mais bicudo. Mesmo em relação a leitos, temos espaços preparados em todas as estruturas de saúde de Cabo Verde", afirmou.
A prioridade, insiste, está nas medidas de proteção social em todo o arquipélago, "para que não haja uma propagação acelerada dos casos".
Cabo Verde tem atualmente casos de covid-19 confirmados nas ilhas da Boa Vista (4), de Santiago (2) e de São Vicente (1). Um dos casos da ilha da Boa Vista, um turista inglês de 62 anos, acabou por morrer.
O país entrou hoje na segunda semana de estado de emergência, declarado para conter a pandemia provocada pelo novo coronavírus, com a população obrigada ao dever geral de recolhimento, com limitações aos movimentos, empresas não essenciais fechadas e todas as ligações inter-ilhas suspensas.
O arquipélago de Cabo Verde está fechado a voos internacionais, para travar a progressão da pandemia, e com o estado de emergência decretado no domingo foram também suspensos os voos entre ilhas.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 65 mil. Dos casos de infeção, mais de 233 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.