"Nas últimas 24 horas não se registaram novos casos de infeção da covid-19. Ao fazer o cruzamento das curvas [de dados], pela primeira vez temos mais pessoas recuperadas que casos positivos", disse.
Jorge Rodríguez falava à televisão estatal venezuelana, desde o palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, durante a apresentação do relatório diário sobre a situação local da covid-19.
Segundo o ministro, do total de 175 contagiados, 93 deram agora resultados negativos nas provas de coronavírus, tendo recuperado da doença.
Por outro lado, o ministro explicou que todos os venezuelanos que nos últimos dias regressaram ao país, desde a Colômbia e do Brasil, "estão a ser submetidos a testes e isolamento".
"Ontem chegou um voo desde o México, com mais de 130 venezuelanos" que "agora estão em isolamento" em Los Caracas, uma localidade da zona norte-costeira do Estado venezuelano de La Guaira, 35 quilómetros a norte da capital.
Por outro lado, o ministro precisou que mais de 18 milhões de pessoas responderam a uma sondagem sintomatológica, que foram realizados 181.335 testes de despistagem, 6.045 por cada milhão de habitantes.
Segundo Jorge Rodríguez, há 21.602 pessoas que apresentam algum tipo de sintoma comum ao coronavírus e por isso estão sendo submetidas a exames de diagnóstico.
A Venezuela tem oficialmente 175 casos e nove mortes associadas à infeção pelo novo coronavírus.
O país está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar "decisões drásticas" para combater a pandemia. O estado de alerta foi decretado por 30 dias, que podem ser prolongados por igual período.
Os voos nacionais e internacionais estão restringidos no país.
Desde 16 de março que os venezuelanos estão em quarentena, estando impedidos de circular livremente entre os 24 estados do país.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 107 mil mortos e infetou mais de 1,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Dos casos de infeção, quase 345 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.