Segundo Bojana Beovic, que falava numa conferência de imprensa, em Liubliana, o número de novos casos "não aumentou consideravelmente" durante o período de confinamento imposto pelas autoridades eslovenas, pelo que poderão ser levantadas, gradualmente, algumas restrições, regressando lentamente a uma 'nova vida normal'.
O Governo esloveno decidiu, para já, a reabertura, na próxima segunda-feira, de alguns pequenos comércios, como os de automóveis, bicicletas e de reparações diversas, que só reabrirão portas se cumprirem as regras de distanciamento social para proteger os clientes da pandemia de covid-19, que provocou 66 mortes.
Os campos de golfe ou os de badminton poderão ser também reabertos, dado que não há contacto direto entre os praticantes desses desportos.
A partir de 04 de maio, definiu o executivo esloveno, poderão reabrir estabelecimentos comerciais com mais de 400 metros quadrados, bem como cabeleireiros e lojas de cosmética.
No entanto, a interdição de deslocações no interior do país será mantida em vigor, à exceção, no fim de semana, dos que optarem por passá-lo numa segunda residência.
As restrições implicam também a manutenção da obrigatoriedade do uso de máscaras protetoras nos supermercados e em espaços públicos fechados.
Com pouco mais de dois milhões de habitantes, a Eslovénia, Estado-membro da União Europeia (UEE) e vizinha da Itália, contabilizou oficialmente 1.304 casos de infeção com o novo coronavírus, de que resultaram 66 óbitos.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 145 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria ou Espanha, a aliviar algumas das medidas.