Migrantes do 'Alan Kurdi' transferidos para outro navio para quarentena

Os 147 migrantes que estavam a bordo de um navio da organização não-governamental (ONG) alemã Sea-Eye foram transferidos para outra embarcação, proveniente da ilha italiana de Sicília, onde permanecerão em quarentena obrigatória exigida por causa da pandemia.

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© Reuters

Lusa
17/04/2020 20:11 ‧ 17/04/2020 por Lusa

Mundo

Alan Kurdi

De acordo com a agência espanhola Efe, depois do período de quarentena, exigido por causa da pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), este grupo de migrantes será integrado em vários países da União Europeia.

Durante os 15 dias de isolamento, um grupo sanitário da Cruz Vermelha vai estar encarregue dos 147 migrantes do navio Alan Kurdi, que estará ancorado a cerca de uma milha do golfo de Palermo.

Já o navio Aita Mari, da ONG espanhola Salvamento Marítimo Humanitário, com 36 pessoas a bordo, pediu para navegar até à Sicília, uma vez que Lampedusa ficou sem capacidade para acolher mais migrantes.

A quarentena a bordo de um navio ao largo da costa italiana foi uma das soluções encontradas pelo Governo para manter a assistência aos migrantes que são resgatados no Mediterrâneo, uma vez que foi decretado o encerramento dos portos nacionais para prevenir a propagação da doença covid-19.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 145 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados.

Itália registou, até hoje, 22.745 mortos, em 172.434 casos de infeção.

Em Portugal, morreram 657 pessoas das 19.022 registadas como infetadas.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria ou Espanha, a aliviar algumas das medidas.

 

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