Papa doa ventiladores e material de diagnóstico à Síria e a Gaza
O papa Francisco doou ventiladores a hospitais na Síria e Jerusalém e equipamentos de diagnóstico a Gaza, para fazer frente ao surto do novo coronavírus, informou hoje a Santa Sé em comunicado.
© Reuters
Mundo Covid-19
O Vaticano fez chegar dez ventiladores a três hospitais na Síria, em colaboração com a organização internacional Fundação AVSI, que colabora com os três centros no projeto "Hospitais abertos".
Foram ainda doados outros três ventiladores ao hospital San Giuseppe, em Jerusalém, capital disputada por palestinianos e israelitas, material de diagnóstico que será distribuído em Gaza e uma "contribuição extraordinária" para o hospital "Holy Family" de Belém, ambas na Palestina.
A ajuda foi canalizada através da Congregação das Igrejas Orientais, na sequência das sugestões das nunciaturas apostólicas, e estão a ser também estudados outros pedidos, de outros locais.
A Congregação garante, todos os anos, apoios que se destinam às escolas e universidades católicas e a programas de apoios a deslocados da Síria e do Iraque e a refugiados no Líbano e na Jordânia e instituiu um Fundo de Emergência, seguindo as direções papais, para "não deixar sós aqueles que sofrem" na luta contra a "emergência mundial" do coronavírus.
Esta doação deve-se à colaboração da Associação para o Bem-Estar dos Católicos do Oriente Próximo (CNEWA, na sigla inglesa) e outras agências que compõem a Reunião de Obras de Ajuda às Igrejas Orientais (ROACO, na sigla italiana).
O fundo conta ainda com o que será arrecadado na Coleta para a Terra Santa, que este ano foi adiada da passada Sexta-feira Santa para 13 de setembro.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 154 mil mortos e infetou mais de 2,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 497 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria ou Espanha, a aliviar algumas das medidas.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (37.079) e mais casos de infeção confirmados (mais de 706 mil).
Seguem-se Itália (22.745 mortos, em mais de 172 mil casos), Espanha (20.043 mortos, mais de 191 mil casos), França (18.681 mortos, mais de 147 mil casos) e Reino Unido (14.576 mortos, mais de 108 mil casos).
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