Espanha comprou há semanas mais de 600 mil testes à empresa Bioeasy. Porém, o material recebido pelo governo espanhol vinha com defeito e, por isso, foi devolvido.
Reconhecendo o seu erro, a empresa chinesa acabou por reenviar 'novos equipamentos', mas, segundo o El País, também este lote apresentava defeito, pelo que não pôde servir o seu propósito.
Agora, explica a publicação espanhol, o governo liderado por Pedro Sánchez prepara-se para pedir o reembolso da sua compra, assumindo que a relação de confiança foi quebrada.
Em causa estava o facto de que os testes, que utilizam o método de fluorescência, não possuíam a sensibilidade necessária, apresentando uma sensibilidade de 30% quando seria necessária uma sensibilidade de, pelo menos, 80%.
Com apenas 58 mil testes do total da encomenda já 'ao serviço' das autoridades espanholas, a ideia do governo do país vizinho é devolver toda a remessa, cancelando a restante parcela da encomenda.
Adquiridos através de um intermediário espanhol, a Embaixada da China em Espanha alertou que a Bioeasy não tinha licença de comercialização no país asiático. O governo de Sánchez respondeu que a empresa tinha permissão para exportar para a União Europeia e que não havia adquirido os testes rápidos diretamente do produtor, mas através de um distribuidor.