O caso levou as autoridades a elevarem o nível de risco do distrito de Chaoyang, no centro de Pequim, para alto. O distrito de Chaoyang inclui o centro financeiro da capital chinesa, quase todas as embaixadas no país e é onde reside grande parte da população estrangeira radicada em Pequim.
O vice-diretor do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças de Pequim, Pang Xinghuo, afirmou tratar-se de um estudante chinês que chegou à capital chinesa oriundo de Miami, nos Estados Unidos, em 24 de março passado, e ficou em quarentena num hotel, cumprindo com os regulamentos chineses.
Após 14 dias de quarentena, as análises de ácido nucleico do coronavírus deram negativo.
No entanto, em 10 de abril - dois dias após ser transferido para casa, onde mora com os pais, o avô e um irmão mais novo, o aluno sentiu febre, dores de garganta e outros sintomas. Em 13 de abril, a sua condição deteriorou-se e o pai levou-o a um hospital, onde foi submetido a novo teste de ácido nucleico, que deu positivo.
Em 14 de abril, após radiografias pulmonares e exames de sangue, foi diagnosticado como um caso confirmado e, posteriormente, a sua mãe, a avô e o irmão mais novo também foram confirmados.
Outros 62 contactos próximos do aluno e pais foram isolados e estão sob observação médica.
Os infetados vivem numa comunidade com 25 prédios e habitada por mais de 3.000 famílias.
O vice-diretor do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças de Pequim, Liu Xiaofeng, sugeriu que, após a retirada da quarentena, os residentes no distrito de Chaoyang continuem a ser observados nas suas respetivas casas por mais sete dias e com recurso a medidas extremas de proteção pessoal.
Entre outras coisas, Liu recomendou que fiquem sozinhos num quarto, comam sozinhos e usem uma casa de banho própria, quando as condições permitirem, e reduzam o contacto humano.
A China registou 11 casos de infeção pelo novo coronavírus, nas últimas 24 horas, incluindo sete de contágio local, informou hoje a Comissão de Saúde do país.
O número total de infetados diagnosticados na China desde o início da pandemia é de 82.758, incluindo 4.632 mortos. Até ao momento, 77.123 pessoas tiveram alta.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 168 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.