O governador Andrew Cuomo explicou que a medida visa duplicar o número diário de testes no Estado até à marca de 40 mil e pode revelar percentagens de infeção "em torno de 10% da população da cidade de Nova Iorque e de um dígito na zona norte do Estado", que é o que regista no território norte-americano o maior número de mortes (15.302).
A iniciativa, que vai abranger também os estados vizinhos de Nova Jérsia e de Connecticut, disse o responsável, vai precisar ainda de um "exército de rastreadores", que, para já, tem 500 elementos, mas que pode aumentar devido aos cerca de 35 mil estudantes de medicina matriculados na Universidade do Estado de Nova Iorque ou na Universidade da Cidade de Nova Iorque.
Cuomo realçou ainda que o programa vai exigir coordenação entre o norte do Estado e o sul, onde se encontra a cidade de Nova Iorque, que vai lançar um plano de testes e rastreios em "larga escala" e ainda fornecer "transportes, supervisão e serviços de alimentação ou farmácia para as pessoas em isolamento", segundo anunciou hoje o 'mayor' Bill de Blasio.
O esforço, realçou o governador, envolve ainda o governo federal, que vai disponibilizar 1,3 mil milhões de euros para o programa, o anterior 'mayor' de Nova Iorque, Mike Bloomberg, que vai contribuir com 10 milhões de euros, e ainda as colaborações da Universidade Johns Hopkins e da organização de saúde Vital Strategies.
O Estado de Nova Iorque anunciou o programa de rastreio depois de Andrew Cuomo se ter encontrado com o Presidente norte-americano, Donald Trump, em Washington, na terça-feira, numa reunião "produtiva", que levou à isenção de o Estado pagar a habitual taxa de 25% nos custos assumidos pela Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA), no âmbito da pandemia.
"Foi uma ironia cruel para Nova Iorque. Temos o maior número de casos de covid-19 no país e o nosso custo com a FEMA foi o mais alto. Fomos penalizados por isso. Centenas de milhões de dólares são entregues ao Estado", disse.
Andrew Cuomo revelou ainda que, entre terça-feira e hoje, morreram no Estado 474 pessoas infetadas com o novo coronavírus - menos sete do que na atualização de terça-feira -, com 446 nos hospitais e 28 nos lares de idosos.
Os Estados Unidos são o país com o maior número de casos de infeção (mais de 804 mil) e com o maior número de mortes, 43.200, no âmbito da pandemia de covid-19.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a doença já provocou mais de 174 mil mortos e infetou mais de 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 567 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.