Trump assinou plano de reforço de ajuda com 400 mil milhões de euros

O Presidente dos EUA, Donald Trump, assinará hoje uma lei que permite o uso de cerca de 400 mil milhões de euros num programa de combate à crise económica derivada da pandemia de covid-19.

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© Reuters

Lusa
24/04/2020 14:29 ‧ 24/04/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

A lei tinha sido aprovada por unanimidade no senado, na quinta-feira, mas a forma como foi discutida no congresso revela que as medidas para a sua aplicação terão maior dificuldade de gestão política entre o Partido Republicano que apoia a Casa Branca e a oposição democrata.

A âncora desta lei é a aplicação de cerca de 200 mil milhões de euros para refinanciar um fundo de ajuda a pequenas e médias empresas, que se tinha esgotado ao final de duas semanas de vigência.

O reforço abrange ainda cerca de 100 mil milhões de euros de ajuda a pessoas que perderam o emprego e outros 100 mil milhões de euros de ajuda financeira para hospitais e para a compra de material médico.

"Milhões de pessoas estão sem trabalho", disse hoje Nancy Pelosi, líder da maioria democrata na Câmara de Representantes, justificando a urgência deste pacote de emergência e referindo-se ao facto de cerca de 16 milhões de norte-americanos terem ficado em situação de desemprego.

Trump aplaudiu a aprovação rápida da lei pelo congresso, ao assinar hoje a lei que permite a extensão de um vasto programa de recuperação económica que deverá ultrapassar os dois biliões de euros.

"Numa altura em que muitos americanos enfrentam desafios económicos difíceis, esta lei ajudará as pequenas empresas a manter milhões de trabalhadores na lista de pagamentos", comentou o Presidente norte-americano.

Contudo, na discussão desta lei ficaram evidentes as divergências entre o Partido Republicano e o Democrata, que se desentenderam sobre as prioridades na aplicação das medidas do pacote de emergência financeira.

Os republicanos pedem que as medidas de recuperação económica se centrem na recuperação de negócios e empresas, enquanto os democratas consideram prioritário o apoio às famílias que ficaram sem capacidade de pagar despesas básicas, antevendo-se difíceis as negociações políticas sobre a aplicação de futuras medidas.

Os democratas já estão a apresentar novos pacotes de medidas, para discussão no congresso, que se destinam a ajudar iniciativas apresentadas por governos locais e estaduais e já anunciaram que apenas aprovarão novas leis se houver um reforço significativo dos valores destinados ao programa de recuperação económica.

Os Estados Unidos já registaram mais de 800.000 casos de infeção com o novo coronavírus, com cerca de 50.000 mortes.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 200 mil mortos e infetou mais de 2,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 720 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

 

 

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