Argélia, Tunísia e Líbia aliviam recolhimento durante Ramadão

A Argélia, a Tunísia e a Líbia anunciaram que vão reduzir a severidade do toque de recolher, decretado no âmbito da pandemia da covid-19, durante o mês de jejum muçulmano do Ramadão, que se inicia hoje.

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Lusa
24/04/2020 15:11 ‧ 24/04/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

Na Líbia, o confinamento nunca foi respeitado e, após uma semana, foi substituído por um toque de recolher entre as 18:00 e as 06:00 locais (entre as 16:00 e as 04:00 em Lisboa), anunciou o Governo de unidade nacional, que tem sede em Trípoli e é reconhecido pela ONU.

Por seu lado, as autoridades tunisinas adiaram em duas horas o toque de recolher noturno imposto desde 22 de março, começando agora às 20:00 locais, ou seja, às 19:00 de Lisboa.

Na Argélia, na 'wilaya' (município) de Blida, perto de Argel, onde foram registados os primeiros casos do novo coronavírus, o confinamento também foi suspenso, sendo substituído por um toque de recolher entre as 14:00 e as 07:00 locais (das 13:00 às 06:00 de Lisboa).

O Ramadão, que começa hoje nesses três países do norte de África, é tradicionalmente um momento de partilha, generosidade e encontros.

Já em Marrocos, as medidas de contenção obrigatórias impostas até 20 de maio para combater a pandemia do novo coronavírus serão reforçadas com um toque de recolher noturno durante o Ramadão, de acordo com um comunicado do Governo emitido na noite de quinta-feira.

A partir de sábado, primeiro dia do Ramadão no Marrocos, os cidadãos serão "formalmente proibidos de se deslocar fora de suas casas ou em vias públicas" entre 19:00 e as 05:00 locais, informou o Ministério do Interior no comunicado.

Mas a maioria dos países muçulmanos fechou mesquitas e proibiu todas as reuniões familiares para a refeição desjejum, a fim de conter a propagação da doença.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 200 mil mortos e infetou mais de 2,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 720 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (49.963) e mais casos de infeção confirmados (cerca de 870 mil).

Seguem-se Itália (25.549 mortos, em quase 190 mil casos), Espanha (22.524 mortos, quase 220 mil casos), França (21.856 mortos, mais de 158 mil casos) e Reino Unido (18.738 mortos, mais de 138 mil casos).

Por regiões, a Europa soma perto de 117 mil mortos (mais de 1,3 milhões de casos), Estados Unidos e Canadá mais de 52 mil mortos (quase 920 mil casos), Ásia mais de 7.600 mortos (mais de 187 mil casos), América Latina e Caribe mais de 6.700 mortos (mais de 130 mil casos), Médio Oriente mais de 6.100 mortos (cerca de 143 mil casos), África mais de 1.288 mortos (mais de 27 mil casos) e Oceânia 103 mortos (cerca de oito mil casos).

 

 

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