Numa declaração conjunta divulgada hoje, Josep Borrell e os ministros dos Negócios Estrangeiros daqueles países afirmaram que os eventos das últimas semanas na Líbia "levantaram preocupações, particularmente sobre a situação da população líbia que sofre há muito tempo".
Por isso, apelaram a "todos os atores líbios" para que, inspirados pelo espírito do Ramadão, "participem na retoma das negociações para um verdadeiro cessar-fogo", com base no projeto de acordo de 23 de fevereiro.
O objetivo deve ser o de alcançar "uma solução política para o conflito e unir esforços para enfrentar o inimigo comum representado pelos atuais riscos de pandemia".
A declaração surge, explicaram, no âmbito do processo de Berlim e em apoio aos apelos do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres e da sua representante especial interina na Líbia, Stephanie Turco Williams.
Numa videoconferência nesta semana, os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia discutiram a situação na Líbia e lamentaram que "nem ligações internacionais nem a ameaça de propagação de vírus tenham levado as partes a parar os combates, que continuam", disse ele Borrell.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 200 mil mortos e infetou quase 2,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 736 mil doentes foram considerados curados.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.