O primeiro caso diz respeito a uma mulher de 61 anos, que terá sido morta na semana passada por três sobrinhos, entre os 20 e os 28 anos, e que já estão sob custódia policial, disse Juma Dauto, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Inhambane.
"Os sobrinhos dirigiram-se à casa da vítima na calada da noite e com recurso a uma faca tiraram-lhe a vida, alegando que era feiticeira", disse o porta-voz da PRM.
Os segundo caso é de uma idosa de 80 anos, que terá sido morta por um homem, que se presume que seja um familiar, na madrugada de terça-feira, quando dormia com uma criança de sete anos, que terá presenciado o homicídio.
"Baseados na idade da idosa [do segundo caso] e na facilidade de entrada em casa, suspeitamos que se trata de um familiar e que a ação tenha sido movida por razões supersticiosas", disse Juma Dauto.
Os familiares da segunda vítima contam que o homem terá entrado na casa pela parte traseira do quintal e agredido a idosa na cabeça com um objeto contundente.
A morte das duas mulheres acontece uma semana depois da condenação de 11 membros da mesma família pelo homicídio de um homem de 75 anos, enterrado vivo por suspeitas de feitiçaria em Inhambane.
O crime foi cometido após o funeral de um parente, sendo que os condenados acusaram o idoso de ser responsável pela morte.
O grupo foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado e encobrimento, com penas entre 18 meses e 22 anos de prisão.