A partir de 06 de maio, o metropolitano permanecerá fechado entre a 01:00 e as 05:00, enquanto os autocarros, carrinhas e os transportes de empresas, como a Uber e a Lyft, serão usados para transportar os trabalhadores essenciais que dependem do transporte público.
A medida, um "choque" para uma cidade cosmopolita que está habituada a ter o sistema de metropolitano sempre em funcionamento, acontece dias depois de terem sido vistas imagens de sem-abrigo alojados em carruagens, o que causou um alvoroço na cidade e levou a que fosse questionada a higiene no transporte público.
O governador do Estado, Andrew Cuomo, deu a conhecer o novo plano através de uma videoconferência, na qual participou também o presidente da Câmara de Nova Iorque, Bill de Blasio, num ato considerado de unidade entre os dois políticos, já que estes mantêm um relacionamento tenso há muito anos.
Cuomo disse tratar-se de uma "mudança sem precedentes", e que a ideia de desinfetar todos as carruagens diariamente era algo que teria sido considerado "hipoteticamente impossível" muito recentemente.
"Estamos a fazer coisas que nunca havíamos feito antes", disse o político democrata, insistindo na necessidade de proteger a saúde dos trabalhadores essenciais.
A utilização do metropolitano em Nova Iorque diminuiu devido à pandemia da covid-19, uma queda de 10% no número habitual de passageiros, o que levou também a uma redução na frequência do serviço prestado aos passageiros.
A situação, admitem as autoridades, fez com que muitos sem-abrigo procurassem refúgio nas carruagens e nas estações de metro, o que constitui um perigo para eles e para outros passageiros.
Bill de Blasio referiu, ainda, que esta situação é uma "realidade inaceitável" e prometeu fazer tudo para colocar estes cidadãos em abrigos, o que não será fácil, mesmo com o fecho do metropolitano à noite.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 227 mil mortos e infetou quase 3,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Cerca de 908 mil doentes foram considerados curados.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (60.999) e mais casos de infeção confirmados (mais de um milhão).