Gilead quer produzir um milhão de unidades de remdesivir este ano

A empresa farmacêutica Gilead, fabricante do medicamento remdesivir, anunciou hoje que estima produzir mais de um milhão de unidades do fármaco até ao final do ano, para combater a pandemia da covid-19.

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© REUTERS/Mike Blake

Lusa
01/05/2020 00:02 ‧ 01/05/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

Os resultados preliminares de um estudo sobre o medicamento, elaborado pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, concluíram que o remdesivir "reduz o tempo de recuperação dos pacientes hospitalizados com covid-19, em comparação com um placebo".

A empresa biotecnológica referiu que está a expandir o fabrico do medicamento, esperando produzir cerca de 140.000 unidades de tratamento até ao final de maio e um milhão até dezembro, planeando "ser capaz de produzir vários milhões" em 2021.

O Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos informou na quarta-feira que os 1.063 doentes hospitalizados com covid-19 que foram administrados com remdesivir tiveram uma recuperação 31% mais rápida, em 11 dias, enquanto os administrados por placebo recuperaram em 15 dias, e a taxa de mortalidade foi igualmente menor.

A Administração Federal de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos tem previsto emitir uma autorização de emergência para o fármaco remdesivir desenvolvido pela farmacêutica Gilead para tratar a covid-19, revelou na quarta-feira o The New York Times.

Uma autorização de emergência não é equivalente a uma aprovação formal, mas em casos de emergência sanitária nacional podem autorizar-se certos medicamentos, caso não existam alternativas, sublinhou o diário norte-americano, que obteve a informação junto de uma fonte da FDA.

Em comunicado enviado ao canal de televisão CNN, a administração norte-americana admitiu que está em conversações com a Gilead para que o medicamento esteja ao alcance dos pacientes "o quanto antes".

O medicamento antiviral remdesivir está envolto em informações divergentes sobre a sua eficácia contra a covid-19, com o laboratório norte-americano que o produz a defender essa eficácia e a revista científica The Lancet a divulgar informação contrária.

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