Onde come um, comem dois. É uma expressão bastante conhecida e posta em prática, neste caso. Os médicos na Índia, como em todos os cantos do mundo, estão na linha da frente a combater a Covid-19 e a proporcionar cuidados de Saúde muitas vezes trabalhando horas e horas a fio.
Esse é o caso de Kaushik Barua, um médico, de 30 anos, que trabalha nos cuidados intensivos de um hospital privado, na capital indiana de Deli. Em conversa com a página 'Humans of Delhi', citada pela BBC, o profissional de saúde confessou que "a ansiedade e os níveis de stress no trabalho são muito elevados".
"Mas ao longo desta viagem dura, tive a ajuda de uma verdadeira alma boa", disse ainda, referindo-se ao seu senhorio, Rohit Suri, que lhe tem feito refeições todos os dias, para que possa ter um prato de comida quente à sua espera quando volta para casa exausto do trabalho.
Os homens acabaram por se tornar bons amigos desde então.
"Fico contente de poder captar o nosso momento de camaradagem esta manhã", disse Kaushik, referindo-se à selfie que tiraram para a página.
O homem referiu ainda que se sente especialmente sortudo e agradecido, porque no caso de um amigo seu, também médico, o senhorio em vez de o ajudar, despejou-o. Esse tipo de situações, contou, têm ocorrido com vários médicos e enfermeiros no país, pois os proprietários das casas e os vizinhos têm medo de apanhar o vírus através dos profissionais de saúde.
O governo da Índia ordenou na sexta-feira a extensão do confinamento dos seus 1,3 mil milhões de habitantes até 18 de maio para conter o novo coronavírus. O país regista já mais de 39 mil casos positivos e quase 1.400 mortes pela Covid-19.