O Ministério das Finanças da Palestina pediu o empréstimo em março, tendo sido então aprovado pelos serviços de segurança de Israel, segundo o Governo israelita.
O pagamento do empréstimo será distribuído por quatro meses, a partir de junho, a fim de apoiar a economia palestina.
Israel recolhe e transfere milhões de shekels, a moeda israelita, por mês, para os palestinianos, em impostos e taxas alfandegárias cobradas sobre produtos importados pela Palestina e sobre os bens em trânsito nos portos de Israel.
No entanto, a crise económica provocada pela pandemia de covid-19 levou a uma queda nas importações.
Desde fevereiro de 2019, Israel reteve parte dos impostos devidos aos palestinianos, que alega corresponder a subsídios pagos pela Autoridade da Palestina às famílias de cidadãos presos ou mortos por terem cometido ataques contra Israel.
Os prisioneiros são considerados pelos palestinianos como heróis na luta contra a ocupação israelita.
Segundo fontes israelitas, o empréstimo nada tem a ver com os fundos retidos, que devem ascender a 171 milhões de euros, acrescentando que este dinheiro será libertado quando a Autoridade da Palestina deixar de financiar os prisioneiros e as suas famílias.
Vários bancos que pararam de administrar as contas dos prisioneiros foram objeto de protestos violentos nas últimas semanas, na Cisjordânia ocupada, principalmente nas cidades de Jericó e Jenin.
Segundo a agência de notícias palestiniana Wafa, o primeiro-ministro da Palestina, Mohammad Shtayyeh, disse sexta-feira que chegou a um acordo com os bancos para que continuem "a administrar as contas dos prisioneiros, apesar das ameaças de Israel".
Em Israel, já se registaram mais de 15.000 casos de contágio e 254 mortes com a covid-19, enquanto na Faixa de Gaza houve apenas duas mortes e 375 casos confirmado.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 282 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.