A decisão, anunciada na segunda-feira à noite pelo tribunal administrativo superior da Baixa Saxónia, aplica-se apenas a esta região no norte da Alemanha e deu resposta à queixa de um homem que tem uma casa de férias no sul da Suécia.
O tribunal concluiu que não havia motivos para uma exigência geral de que todas as pessoas que voltassem ao país entrassem em quarentena.
Considerou que a lei permitiria um requisito de quarentena para grupos específicos, como os que estão doentes ou suspeitos de poderem infetar outros, bem como os que regressam de zonas de risco.
No mês passado, as autoridades alemãs determinaram que todas as pessoas que chegassem ao país fossem diretas para casa e lá ficassem durante 14 dias, exceto os que estão em viagens curtas, se deslocam para empregos ou transportam mercadorias.
A Alemanha contabiliza até hoje um total de 170.508 casos de covid-19, incluindo 7.533 mortos, estimando-se que 147.200 pessoas estão curadas.
Na segunda-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, apelou à população para cumprir as "regras básicas" para evitar a propagação do novo coronavírus, depois de o país registar, pelo segundo dia consecutivo, uma taxa de contágio acima de 1.
Merkel já tinha avisado que, caso uma cidade registe mais de 50 novas infeções por 100 mil habitantes ao longo de sete dias, medidas mais rígidas de contenção deverão ser adotadas, afastando a possibilidade de um segundo confinamento a nível nacional.
A pandemia de covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro em Wuhan (China), já provocou mais de 286.000 mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios, segundo um balanço da agência France-Presse.