O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, levantou, esta quinta-feira, o estado de emergência na maior parte do território do país, que se encontrava em vigor desde o início de abril. Contudo, o governante decidiu manter os dois grandes centros urbanos de Tóquio e Osaka em alerta e sob o estado de emergência, anunciou numa conferência de imprensa.
O término do estado de emergência foi, assim, declarado em 39 das 47 regiões do Japão - o que representa 54% da população -, num momento em que o país tenta combater as consequências económicas provocadas pela pandemia.
O estado de emergência foi declarado no país no passado dia 7 de abril e foi prolonga em 4 de maio por mais um mês. Até ao momento, o Japão já registou mais de 16 mil casos confirmados e cerca de 680 mortos associados ao novo vírus. Nos últimos dias, os números têm vindo a descer a todo o país.
"Se possível, gostaríamos de levantar o estado de emergência antes de 31 de maio também em outras regiões", acrescentou o chefe do Governo, cita a Reuters.
Apenas 55 novos casos de infeção pelo novo coronavírus foram identificados na quarta-feira em todo o arquipélago, incluindo 10 em Tóquio. Mas, perante a progressão diária da doença na capital e em Osaka (oeste), bem como na grande ilha norte de Hokkaido, o estado de emergência será mantido nestes locais.
"Ainda há um longo caminho a percorrer", alertou ainda o primeiro-ministro sobre as áreas mais afetadas, pedindo aos moradores que se abstenham de sair e viajar para outras áreas.