Regina Duarte reage às críticas. "Estou sendo vítima de infodemia"

Depois de ser alvo de um manifesto assinado por mais de 500 artistas brasileiros, a secretária da Cultura diz vítima de "matérias tendenciosas, maldosas, fakes, venenosas".

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Anabela Sousa Dantas
16/05/2020 15:45 ‧ 16/05/2020 por Anabela Sousa Dantas

Mundo

Brasil

Regina Duarte, responsável há dois meses pela Secretaria Especial da Cultura do Brasil, no governo de Jair Bolsonaro, recorreu às redes sociais para reagir às críticas de que foi alvo na sequência de uma entrevista dada no passado dia 7 deste mês à CNN Brasil, onde menorizou não só a ditadura como também o impacto da elevada mortalidade associada ao novo coronavírus.

"Estou sendo vítima da infodemia: matérias tendenciosas, maldosas, fakes, venenosas. Mas posso garantir que tudo nesta pandemia vai passar", começou por escrever, este sábado, na sua página de Instagram.

Regina Duarte escreveu, ainda, que "em breve" os brasileiros "poderão ver os resultados da Cultura" que ambiciona para o país. "Não vou rebater os absurdos lançados contra mim, estou trabalhando muito. E vou mostrar serviço".

Esta será uma reação a um manifesto assinado por várias personalidades brasileiras na sequência da famigerada entrevista. Mais de 500 artistas brasileiros, incluindo Caetano Veloso e Chico Buarque, assinaram um manifesto de repúdio às declarações de Regina Duarte, escrevendo ainda que a classe não se sente representada pela governante.

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Recorde-se que a secretária da Cultura, em entrevista à CNN Brasil,  afirmou que "é preciso olhar para o futuro", "amar o país" e não "coletar coisas que aconteceram nas décadas de 1960, 1970 e 1980".

"Não era gostoso cantar isso?", questionou, depois de trautear um trecho da canção 'Pra Frente Brasil', música associada à ditadura, facto que o jornalista relembrou. Regina Duarte disse que "sempre houve tortura, censura".

Sobre o número de vítimas mortais decorrentes da doença Covid-19, a governante disse que a pandemia trouxe uma "morbidade insuportável" ao país e que "quem fica arrastando fileiras de caixões não vive".

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