O programa, lançado em meados de novembro, tem como meta libertar um total de 5.442 destes detidos, acrescentou a presidência numa mensagem publicada na rede social X na noite de terça para hoje.
As 11 prisões do país tinham, no final de outubro, um total de 13.211 reclusos, distribuídos por 4.100 locais, em condições descritas como "desumanas".
A Iteka, a mais antiga liga de direitos humanos do Burundi, lamentou que esta medida "deixe de lado os milhares de presos políticos que estão amontoados nas prisões". "Alguns já cumpriram a pena, mas não foram libertados", lamentou o presidente daquela entidade, Anschaire Nikoyagize.
O Presidente do Burundi, Evariste Ndayishimiye, anunciou os milhares de libertações no dia 14 de novembro, justificando-as, em particular, pelo "custo exorbitante" destes prisioneiros.
"Cerca de 4.000 dos 5.442 envolvidos já regressaram às suas famílias", disse a presidência no X, acrescentando que foi dado "um ultimato de duas semanas aos responsáveis para finalizarem as formalidades".
As condições de detenção no país são regularmente denunciadas.
"Podemos passar vários dias sem comer, não há medicamentos, a maioria dos reclusos dorme no chão e as prisões, muitas vezes, não têm gasolina para nos levar a tribunal", testemunhou um dos detidos à agência de notícias francesa AFP sob condição de anonimato.
"Saudamos a medida decidida pelo Presidente", declarou na terça-feira o presidente da Associação Solidariedade com os Reclusos e as suas Famílias, Jean-Marie Nshimirimana.
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