A linha de 563 quilómetros é considerada uma obra estrutural para o país, partindo da Central Térmica de Temane, em Inhambane, sul do país, para incluir três subestações em três províncias (Inhambane, Gaza e Maputo) até chegar à capital do país.
Das 21 propostas submetidas, nove concorrem para o troço Chibuto-Gaza, o mais extenso, e outras 12 apresentam-se à construção do troço Chibuto-Maputo.
O empreendimento insere-se nos objetivos do Governo de impulsionar a industrialização e garantir acesso universal a eletricidade até final de 2030.
Os acordos de financiamento para construção da linha Temane-Maputo, no valor 530 milhões de dólares (477 milhões de euros), foram assinados no final de agosto de 2019, prevendo-se que a obra arranque este ano para estar pronta em 2023.
O projeto é financiado com uma doação de 30 milhões de dólares da Noruega para capital social do empreendimento, e dívida a contrair junto do Banco Mundial (comparticipação de 52,7%), Banco Islâmico de Desenvolvimento (20,3%), Banco Africano de Desenvolvimento (5,3%), Fundo da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) para o Desenvolvimento Internacional (6,6%) e Banco de Desenvolvimento da África Austral (9,4%).
Estima-se que pouco menos de 30% das pessoas tenham acesso à rede elétrica em Moçambique, país que, segundo estimativas do Instituto Nacional de Estatística (INE), deverá chegar este ano a 30 milhões de habitantes.