Rússia conseguiu "parar o crescimento" de novas infeções

A Rússia, o segundo país no mundo em número de casos do novo coronavírus, conseguiu "parar o crescimento" das novas infeções, considerou hoje o primeiro-ministro, qualificando, no entanto, a situação como "complicada".

Notícia

© REUTERS/Maxim Shemetov

Lusa
18/05/2020 13:14 ‧ 18/05/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

"A situação ligada ao coronavírus no país continua complicada, mas podemos ainda assim constatar que conseguimos parar o crescimento da morbidade (incidência da doença)", declarou durante uma reunião governamental transmitida pela televisão Mikhail Michustine, ele próprio infetado com a covid-19.

"Com toda a prudência em termos de rigor, a dinâmica é positiva", disse o responsável, cuja recuperação não foi anunciada, apesar de ter voltado a aparecer na televisão na semana passada. Tinha sido hospitalizado a 30 de abril.

Assinalou que cada vez mais pessoas recuperam e "podem deixar o hospital".

Segundo Michustine, trata-se do resultado dos esforços realizados nos últimos dois meses na Rússia, nomeadamente "o confinamento estrito da população" ordenado no final de março e que começou a ser aliviado a 12 de maio em algumas regiões, as menos afetadas pelo vírus.

De acordo com os números oficiais, registaram-se 8.926 novos casos nas últimas 24 horas, fazendo aumentar o número total para os 290.678 infetados, incluindo 2.722 mortos. Este foi o mais baixo número de novos casos desde 1 de maio.

A agência de saúde russa, Rospotrebnadzor, já tinha indicado no domingo que a situação se estava a estabilizar em todo o país. A primeira metade do mês de maio foi marcada por 10.000 ou mais novas contaminações por dia.

A Rússia atribuiu a forte subida a uma política de rastreio em massa, considerando assim que não houve uma disseminação acelerada do vírus.

Em relação aos críticos que questionaram a taxa de mortalidade oficial, acusando Moscovo de conscientemente subestimar o número de mortos pela covid-19, as autoridades respondem que só são contadas as mortes cuja causa principal é o coronavírus, enquanto outros países contam a quase totalidade dos mortos com resultado positivo para o vírus.

Argumentam ainda que, como a epidemia chegou mais tarde à Rússia, houve tempo para preparar os hospitais e implementar uma política de despistagem em massa.

A pandemia de covid-19 - transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro em Wuhan (China) - já provocou mais de 315.000 mortos e infetou mais de 4,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço da agência France Presse.

Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados.

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas