"O conselho do Waqf (organismo que gere os locais santos muçulmanos em Jerusalém) decidiu levantar a proibição aos fiéis de entrarem na mesquita de Al-Aqsa após as celebrações do Aid el-Fitr", indicou o Waqf num comunicado, adiantando que anunciará mais tarde as modalidades da reabertura.

O diretor da mesquita, xeque Omar Al-Kisswan, disse à agência France Presse esperar que não haja restrições em relação ao número de fiéis que podem aceder à esplanada, o terceiro lugar santo do islão.

Os pormenores da reabertura devem ser finalizados "para evitar críticas à falta de precauções sanitárias", adiantou.

Foi a primeira vez desde 1967 que a esplanada foi encerrada aos fiéis por decisão do Waqf, tinha indicado o xeque Omar Al-Kisswan quando o espaço foi fechado no final de março.

As forças israelitas, que controlam os acessos à esplanada e lá entram em caso de distúrbios, já encerraram o local nos últimos anos devido a violência.

Constatando uma desaceleração na propagação do vírus, as autoridades israelitas aliviaram as medidas de confinamento, na esperança de retoma da economia.

Mais de 16.600 pessoas infetadas foram registadas oficialmente em Israel, 277 das quais morreram devido à covid-19.

No início da pandemia, a mesquita de A-Aqsa foi encerrada pelo Waqf, mas os fiéis podiam rezar ao ar livre, na esplanada.

Designada de Nobre Santuário pelos muçulmanos e de Monte do Templo pelos judeus, a Esplanada das Mesquitas abriga a Cúpula da Rocha e a mesquita Al-Aqsa, sendo administrada pelo Waqf de Jerusalém, dependente da Jordânia por razões históricas.

A esplanada, situada em Jerusalém Oriental, parte da cidade ocupada por Israel em 1967 e posteriormente anexada, é um local de alta tensão entre israelitas e palestinianos.

Em março de 2019, a polícia israelita encerrou por pouco tempo a esplanada, após confrontos entre as forças de segurança do Estado hebreu e palestinianos.

A pandemia de covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro em Wuhan (China), já provocou mais de 316.000 mortos e infetou mais de 4,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço da agência France Presse. Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados.

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