O número total de pacientes com a covid-19 foi confirmado pela vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodriguez, precisando que 66 dos novos casos foram registados nas últimas 24 horas.
"Dos 1.010 casos de coronavírus na Venezuela, 74% são importados. Por isso insistimos que o principal risco para a Venezuela está nos países fronteiriços", disse à televisão estatal venezuelana.
Delcy Rodríguez explicou que 48.017 venezuelanos foram repatriados recentemente, de outros países, entre eles da Colômbia, Peru, Brasil e Chile, dos quais "620 entraram no país contagiados".
Do total de casos confirmados, 262 recuperaram da doença e 10 morreram
A vice-presidente da Venezuela precisou até agora foram realizadas 771.276 testes no país e instou a população a respeitar as medidas de prevenção e o uso obrigatório de máscaras, assim como a evitar a aglomeração de pessoas.
Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado sábado, dá conta que até 21 de maio último a Venezuela tinha realizado 697.691 provas de diagnóstico da covid-19, das quais 16.577 correspondiam a exames de Reação em Cadeia de Polimerasa (PCR).
Um estudo divulgado recentemente pela Academia de Ciências Físicas, Naturais e Matemáticas da Venezuela, prevê que o país vai entrar numa nova fase da pandemia da covid-19, com a expansão acelerada do número de infetados que deverá chegar a 4.000 até setembro.
O estudo tem sido questionado pelo regime que acusa a Academia de fomentar um clima de alarme social.
A Venezuela está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar "decisões drásticas" para combater a pandemia.
O estado de alerta está em vigor até o próximo 13 de junho.
Desde 16 de março que os venezuelanos estão em quarentena e impedidos de circular livremente entre os vários estados do país.
Os voos nacionais e internacionais estão restringidos.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 339 mil mortos e infetou mais de 5,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de dois milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.