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George Floyd. Em Chicago, todos os polícias foram obrigados a ver o vídeo

Departamento da Polícia de Chicago, nos Estados Unidos, emitiu um comunicado relativo à morte do afro-americano George Floyd às mãos das autoridades.

George Floyd. Em Chicago, todos os polícias foram obrigados a ver o vídeo

Passaram vários anos desde que, a 20 de outubro de 2014, um polícia disparou 16 vezes contra um jovem afro-americano,  Laquan McDonald, causando-lhe a morte. Aconteceu em Chicago e o agente em questão,  Jason Van Dyke, não foi acusado de qualquer crime, numa primeira fase, para depois ser condenado, em 2019, a quase sete anos de prisão por homicídio em segundo grau. Entretanto, em Chicago, mudou a chefia da polícia, entre outras autoridades. Agora, a postura é diferente.

Esta quinta-feira, o Departamento de Polícia de Chicago emitiu um comunicado relativo à morte de George Floyd, de 46 anos. Começando por estender condolências à família da vítima mortal, o chefe da polícia, David O. Brown, falou numa "perda inimaginável causada pelas ações inaceitáveis de um agente da polícia".

Este crime, sublinhe-se, aconteceu em Minneapolis, no estado do Minnesota, mas David O. Brown reconhece o problema estrutural e a distância entre Minnesota e Illinois, onde fica Chicago, é muito curta. "É sempre a altura certa de fazer o que é certo", escreveu. "O que aconteceu em Minneapolis no início desta semana é absolutamente repreensível e mancha os distintivos por toda a nação, incluindo aqui, em Chicago".

David O. Brown prossegue, escrevendo que "este comportamento não é aceitável em Chicago", que será "intolerável" sob o seu comando, numa altura em que o departamento "está a trabalhar arduamente para restabelecer relações autênticas e restaurar a confiança com as comunidades". Garantindo que estas ações não refletem o trabalho da maior parte dos agentes, o responsável explicou as medidas que adotou na sequência da morte de Floyd e acrescentou: "Também pedi a todos os agentes que vissem o vídeo do incidente".

Recorde-se que quatro agentes da polícia de Minneapolis foram despedidos na sequência da investigação à morte de George Floyd, um caso que voltou a desencadear tensões sociais. O homem, que foi apanhado com uma nota falsa de 20 dólares (18 euros), foi sufocado por um agente da polícia, que manteve um joelho no seu pescoço durante vários minutos. Mesmo após várias súplicas de que não conseguia respirar.

George Floyd, ex-segurança de supermercado, que perdeu o emprego por causa da pandemia, acabou por morrer no hospital. Deixa uma criança pequena.

O mayor de Minneapolis, Jacob Frey, recorreu ao Twitter para confirmar que os agentes em questão tinham sido "despedidos". "Esta é a decisão certa", escreveu, juntando-se a outros responsáveis que imediatamente condenaram o homicídio, num tom diferente do passado recente, tão recente como o caso de Laquan McDonald, mesmo ali ao lado, em Illinois.

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