Donald Trump anunciou, esta sexta-feira em conferência de imprensa, a saída dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS). "Vamos terminar a nossa relação com a Organização Mundial da Saúde" e "redirecionar os fundos para outras necessidades urgentes e globais de saúde pública que possam surgir", afirmou.
Numa declaração feita nos jardins da Casa Branca, o presidente norte-americano declarou que a China tem 'controlo' sobre a Organização, e que "o mundo está agora a sofrer como resultado da má conduta do governo chinês", referindo-se à pandemia da Covid-19.
Para Trump, aquele país "instigou uma pandemia global" que já levou à morte de "100 mil vidas americanas" e "pressionou a Organização Mundial da Saúde para enganar o mundo sobre o vírus".
“We are today terminating our relationship with the World Health Organization” US President Donald Trump says it will be “redirecting those funds to other worldwide and deserving urgent global public health needs” https://t.co/clJXEKm7Bb pic.twitter.com/mLYz4rDXjE
— BBC News (World) (@BBCWorld) May 29, 2020
No início deste mês, o Presidente norte-americano tinha feito um ultimato à OMS, ameaçando cortar a ligação à organização se não fossem feitas reformas profundas na sua estrutura e no seu 'modus operandi'.
Nessa altura, Trump suspendeu temporariamente o financiamento à OMS, no valor que está estimado em cerca de 400 milhões de euros anuais, o que corresponde a 15% do orçamento da organização.
Trump acusou a OMS de ter feito uma gestão ineficaz de combate à pandemia de Covid-19 e de ter sido conivente com o Governo chinês, alegando que Pequim reteve informação relevante sobre a propagação do novo coronavírus, que aumentou os riscos da crise sanitária global.
Recorde-se que os Estados Unidos registaram 1.297 mortes causadas pela Covid-19 nas últimas 24 horas, elevando para 101.573 o total de óbitos no país desde o início da epidemia, indicou um balanço da Universidade Johns Hopkins.
Os Estados Unidos contam mais de 1,7 milhões de casos confirmados, desde final de fevereiro, altura em que se registou a primeira morte no país.