Chile atinge 1.000 mortes com recorde diário de 57 vítimas mortais
Chile atinge as 1.000 mortes pela covid-19, anunciaram hoje as autoridades de saúde chilenas, registando 57 vítimas mortais nas últimas 24 horas, o pior registo diário da evolução da pandemia do novo coronavírus neste país sul-americano.
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Mundo Covid-19
Em conferência de imprensa, a subsecretária da Saúde, Paula Daza, disse que o país regista um total de 1.054 mortes, desde que o primeiro caso de covid-19 detetado no Chile, em 03 de março.
Relativamente aos casos de infeção, Paula Daza revelou que, nas últimas 24 horas, o número de novos casos positivos foi de 4.830, o segundo mais alto de que há registo, contabilizando um total de 99.688 casos diagnosticados com SARS-CoV-2 no Chile, dos quais 42.727 estão considerados como recuperados.
"Estamos nas semanas mais difíceis, com um aumento significativo no número de infetados", apontou a subsecretária da Saúde, acrescentando que a maioria dos doentes está na região metropolitana, à qual pertence Santiago do Chile.
Neste âmbito, a responsável da Saúde no Chile destacou a importância de se cumprir rigorosamente a quarentena que atualmente está imposta na área da capital, onde quase sete milhões de pessoas estão em confinamento há mais de duas semanas.
Na conferência de imprensa diária sobre a evolução da pandemia no Chile, que se realiza a partir do Palácio de La Moneda, sede do Executivo, o subsecretário de Redes de Assistência, Arturo Zúñiga, adiantou que existem 1.383 pacientes internados em unidades de cuidados intensivos em todo o país, dos quais 1.174 estão ligados a ventiladores, e entre eles 318 estão em estado crítico.
Em relação à situação do sistema de saúde, Zúñiga indicou que, atualmente, a ocupação é de 88% em todo o país, ressalvando que na região metropolitana já é de 96%.
O subsecretário de Redes de Assistência referiu ainda que existem 313 ventiladores disponíveis para serem utilizados por futuros doentes que deles precisem.
Nas últimas 24 horas, foram realizados 19.120 testes de deteção de casos de infeção pela covid-19, avançou Zúñiga, referindo que, desde o início da pandemia no país, foram feitos 582.440 testes.
O Chile está em estado de emergência, com toque de recolha noturno, desde meados de março, com escolas, universidades e fronteiras fechadas, assim como a maioria das lojas que não sejam de primeira necessidade.
Além disso, mantém em quarentena a região metropolitana, que incluiu a capital, Santiago do Chile, as cidades nortenhas de Iquique e Alto Hospicio (região de Tarapacá) e Loquimay, na região sulista de La Araucanía.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 369 mil mortos e infetou mais de 6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 2,5 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados (mais de 2,8 milhões, contra mais de 2,1 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 161 mil, contra mais de 177 mil).
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num "grande confinamento" que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.
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