Numa conversa telefónica entre os dois presidentes, Macron apresentou a Xi as suas três prioridades para esta ação internacional, que considera necessária numa altura em que se verifica um aumento das tensões no mundo, explicou o Palácio do Eliseu, residência oficial do chefe de Estado francês, num comunicado.
Na área da saúde, Macron preconizou que a prioridade é combater a epidemia com uma perspetiva "cooperativa, transparente e baseada na objetividade científica".
O Presidente francês afirma o papel "central e inevitável" da Organização Mundial de Saúde (OMS) e coloca em evidência as suas divergências em relação ao Presidente norte-americano, Donald Trump, que, na semana passada anunciou que os EUA vão sair dessa organização por considerar ter gerido mal a crise da covid-19, ao dar demasiado crédito às informações fornecidas por Pequim.
Macron fixou também como objetivo a rápida concretização da moratória sobre a dívida dos países africanos relativamente aos quais se chegou a um acordo de princípio no G20 (grupo das 20 nações mais industrializadas), com a intenção de estabelecer, face à crise, "as próximas etapas indispensáveis da solidariedade" com o continente africano.
Emmanuel Macron associou ainda as questões de saúde à proteção do ambiente e mostrou a sua vontade de trabalhar com Pequim para criar "uma agenda concreta que responda aos desafios" para a COP15, a conferência sobre biodiversidade prevista realizar-se na China, e para a COP26, a conferência sobre o clima agendada para a Escócia, em 2021.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 392 mil mortos e infetou mais quase 6,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 2,8 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.