De acordo com o ministro da Saúde chileno, Jaime Mañalich, citado pela agência espanhola Efe, este último balanço aumenta para 138.846 o número de pessoas contagiadas e 2.264 óbitos desde o início da pandemia da doença provocada pelo SARS-CoV-2.
A situação em Santiago é "muito preocupante", prosseguiu o governante, razão que levou o Governo a decretar a partir de hoje o confinamento total e obrigatório da capital pela quarta semana consecutiva.
A quarentena vigorará, pelo menos, até 12 de junho e vai afetar sete dos cerca de 18 milhões de habitantes do país.
"Independentemente da tendência favorável na maioria dos bairros da região metropolitana [...], também é verdade que o número de pessoas afetadas continua muito alto", justificou Jaime Mañalich, acrescentando que "cada pessoa" infetada nesta região "pode contagiar 1,4 pessoas aproximadamente".
As medidas implementadas pelo executivo para mitigar a propagação da pandemia diminuíram em cerca de 70% a mobilidade total registada na capital, de acordo com a Sociedade Chilena de Medicina Intensiva.
"O Governo tem a responsabilidade de tomar medidas que correspondam, mas é imprescindível que os cidadãos entendam que temos de fazer um sacrifício contundente para treinar o quanto antes a quarentena", alertou o ministro.
O número de pessoas nos cuidados intensivos também aumentou para 1.581, das quais 1.333 precisam de ventilação mecânica e 380 estão em estado crítico.
Em todo o país, escolas, universidades e fronteiras estão encerradas desde março, assim como a maioria dos estabelecimentos comerciais que não sejam de primeira necessidade.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 403 mil mortos e infetou mais de sete milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.485 pessoas das 34.885 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados, embora com menos mortes.
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