"Isto não pode acontecer, temos que manter o respeito a todas as pessoas, temos que respeitar os direitos de todos os cidadãos", disse a ministra, em conferência de imprensa sobre a situação da covid-19 em Angola.
A titular da pasta da Saúde de Angola frisou que "o `não´ tem que ser a palavra de ordem por esta altura", reiterando o apelo à não estigmatização das pessoas que tiveram covid-19.
"Estamos a assistir a cenários que as pessoas sabem que houve uma cerca sanitária no Futungo, se souberem que vive no Futungo já esta pessoa é discriminada, houve cerca no Cassenda, se alguém disser que vive no Cassenda já é discriminada. Não podemos fazer isso, não há razão, nós estamos a tomar as medidas de saúde pública e de controlo sanitário e também para o tratamento dos doentes e só damos alta quando estão na realidade com alta epidemiológica, depois da alta clínica e depois de três testes negativos", referiu.
Angola registou até à presente data 118 casos positivos - 28 importados de Portugal e 26 importados da Rússia - com cinco óbitos e 41 recuperados.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 416 mil mortos e infetou mais de 7,3 milhões de pessoas em 196 países africanos e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados, embora com menos mortes.