Populares tentam expulsar jovens imigrantes nos arredores de Barcelona

Várias dezenas de pessoas tentaram expulsar durante a última noite três jovens imigrantes que ocupavam um apartamento em Premià de Mar, nos arredores de Barcelona, o que levou a confrontos e à intervenção da polícia.

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© Reuters

Lusa
15/06/2020 11:47 ‧ 15/06/2020 por Lusa

Mundo

Espanha

O presidente da câmara da localidade, Miquel Àngel Méndez, negou esta manhã que o assalto tivesse motivações racistas, afirmando que os eventos teriam acontecido da mesma forma se a cor da pele dos jovens tivesse sido "branca, preta ou vermelha", acrescentou

O autarca explicou que o incidente se deveu ao estatuto de "supostos criminosos" dos jovens, mas considerou o episódio de "injustificável".

Em declarações à cadeia de televisão regional TV3, o responsável da cidade afirmou que "qualquer ato de violência é incompreensível e totalmente denunciável", mas sublinhou que "era de prever", visto que a população local já tinha reclamado repetidamente, sem sucesso, contra a existência de "roubos e intimidações".

Segundo fontes da comunidade muçulmana contactadas pela agência Efe, a polícia regional da Catalunha (Mossos d'esquadra) tomou conhecimento, pouco antes das 23:00 (22:00 de Lisboa) de domingo, da ocorrência de desacatos com o lançamento de pedras e outros objetos, tendo enviado agentes para o local.

O grupo de assaltantes tinha entrado no apartamento dos imigrantes, mas a sua presença não intimidou e, como o número de pessoas a favor daqueles estava a aumentar, pediram a ajuda da polícia.

A situação levou a confrontos entre o grupo de assaltantes e as forças policiais, que após várias cargas conseguiram dispersá-los, tendo cinco agentes ficado feridos.

O sucedido também levou a confrontos físicos e verbais entre membros do grupo e alguns residentes que eram contra a sua ação, tendo a situação acalmado por volta da 01:30 (00:30).

Os Mossos d'Esquadra, que mudaram os três jovens ocupantes do apartamento para outro local, não fizeram nenhuma detenção, mas abriram uma investigação para tentar identificar os responsáveis do incidente.

Segundo a imprensa local citada também pela Efe, o grupo de assaltantes fazia parte de uma "patrulha de cidadãos" que culpava os jovens pelo aumento dos roubos e agressões às pessoas, especialmente aos idosos, na região.

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