"Excelentes notícias! Recebi a garantia de que os governos do Kosovo e da Sérvia" vão por fim às querelas diplomáticas "de forma a encontrarem-se a 27 de junho em Washington, na Casa Branca, para dialogarem", escreveu Richard Grenell, na rede social Twitter.
O escolhido pelo executivo do Presidente norte-americano, Donald Trump, para supervisionar as conversações entre Belgrado e Pristina acrescentou que a prioridade é "fazer progressos no crescimento das economias" dos dois países.
"Este é o foco. Estou ansioso por estas discussões", finalizou o responsável.
Nenhum dos governos confirmou a participação nesta reunião promovida por Washington, mas o Presidente do Kosovo, Hashim Thaci, confirmou o convite.
"A liderança e apoio dos Estados Unidos sempre foram decisivos para o futuro próspero do Kosovo. Por isso, agradeço o convite para prosseguir os diálogos com vista à normalização das relações" diplomáticas com a Sérvia, escreveu, também no Twitter, o chefe de Estado kosovar.
Os dois países, antigos inimigos na Guerra da Independência, entre 1998 e 1999, iniciariam as discussões para uma normalização das relações sob a égide da União Europeia (UE) há quase uma década, mas o diálogo foi interrompido em 2018, quando Pristina impôs taxas alfandegárias de 100% sobre os produtos importados da Sérvia.
Para tentar garantir a retoma das negociações, o enviado especial de Washington pressionou as duas partes envolvidas no processo, em particular o Kosovo, que acabou por recuar nesta imposição aduaneira.
Apesar de ainda não haver uma posição oficial de Belgrado, a agência Associated Press (AP) indica que o Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, não descarta a hipótese de se deslocar à capital norte-americana, depois de uma visita a Moscovo, em 23 de junho.
A Rússia apoia a Sérvia na recusa em reconhecer a independência da sua antiga província, que proclamou a independência em 2008.