O Presidente, Stevo Pendarovski, emitiu o decreto na segunda-feira à noite com efeitos imediatos.
De acordo com o gabinete do chefe de Estado, a decisão vai permitir que as autoridades preparem os organismos da saúde pública durante o processo eleitoral: campanha e dia das eleições.
Inicialmente, as eleições estiveram agendadas para abril, mas foram desmarcadas logo após ter sido detetado o primeiro caso de covid-19 no país, em fevereiro.
Até ao fim de semana, Zoran Zaev, o líder do Partido Social Democrata, no governo, e os conservadores, na oposição, não tinham conseguido alcançar um acordo sobre a data das eleições gerais, apesar das inúmeras reuniões.
Zaev conseguiu um acordo com o dirigente da oposição Hristijan Mickoski e líder do partido conservador (VMRO DPMNE) durante a noite de segunda-feira.
O país dos Balcãs enfrenta neste momento um aumento do número de casos de infeção, apesar das restrições impostas pelo confinamento que foram desagravadas durante o mês de maio.
A Macedónia do Norte regista no total 193 mortos de covid-19 e 4.157 casos de contágio, de acordo com o governo.
"Estas eleições vão ser diferentes no sentido em que a campanha não vai ser do mesmo tipo a que estamos habituados", disse um porta-voz do governo.
O porta-voz acrescentou que os cidadãos devem envolver-se nos atos de campanha de forma disciplinada e no cumprimento das recomendações das autoridades sanitárias.
Parte da classe política da Macedónia do Norte esteve envolvida, nos últimos anos, em sucessivos escândalos e alegações de corrupção.
A situação política do país ficou também marcada pelas tensões diplomáticas com a Grécia por causa do nome do país, visto que no território grego existe a província da Macedónia.