O idoso de 75 anos de idade, que foi empurrado por dois agentes da polícia de Buffalo, durante uma manifestação em Nova Iorque, no início deste mês, tem uma fratura no crânio e ainda não consegue andar, de acordo com um comunicado enviado pelo advogado da família à CNN.
Kelly Zarcone, advogado de Martin Gugino, disse que não poderia dar muitos detalhes sobre o caso do seu cliente, mas confirmou que este sofreu um traumatismo craniano. "Ele ainda não consegue andar, mas pude manter uma breve conversa com ele, até ficar demasiado cansado", disse o causídico.
A CNN já havia tentado contactar o idoso, mas sem sucesso. Através do advogado, porém, o homem deixou a seguinte mensagem: "Acho que é desnecessário focarem-se em mim. Há muitas outras coisas em que pensar além de mim".
Zarcone acrescentou que Gugino está a melhorar, mas que permanece em reabilitação.
Gugino no chão, segundos depois de ter sido empurrado© Reprodução
Recorde-se que Donald Trump recorreu às redes sociais para comentar o caso, sugerindo que Gugino pode ter encenado a queda. "O manifestante de Buffalo empurrado pela polícia pode ser um provocador da Antifa", escreveu o presidente, referindo-se ao movimento antifascista que acusa de ter fomentado episódios de violência na sequência da morte do afro-americano George Floyd.
Os dois agentes em questão, Aaron Torgalski, de 39 anos, e Robert McCabe, de 32, foram hoje formalmente acusados de agressão, depois de terem sido filmado a empurrar Gugino, que caiu inanimado no chão. Torgalski e McCabe declararam-se inocentes da agressão, sujeita a uma pena de segundo grau, tendo sido libertados sem fiança. Acabaram por ser suspensos, sem direito a salário.