Merkel pede aos alemães uso de aplicação conta coronavírus
A chanceler Angela Merkel pediu aos alemães para usarem uma aplicação no telemóvel que ajuda a determinar os contactos que testaram positivo ao novo coronavírus, na expectativa de que possa ajudar a interromper cadeias de infeção.
© Reuters
Mundo Covid-19
"Quanto mais gente usar a aplicação, mais útil será", apelou Angela Merkel na sua videoconferência semanal.
Merkel afirmou que o uso da aplicação é absolutamente voluntário e que não há recompensas para quem a use, nem desvantagens para quem não quiser, mas acrescentou que é do interesse de cada indivíduo saber se já teve contacto próximo com alguém infetado.
A aplicação gratuita está disponível desde terça-feira e, segundo os últimos dados do Instituto Robert Koch, foi instalada por cerca de nove milhões de pessoas.
"Valeu a pena apostar na máxima transparência possível e nas maiores exigências, no que diz respeito à proteção de dados e segurança informática. Hoje, podemos dizer que essa aplicação merece confiança", afirmou a chanceler.
A aplicação faz com que, quando os utilizadores estão a menos de dois metros de distância durante mais de 15 minutos, os telemóveis trocam dados através do sistema 'bluetooth'.
No caso de um dos utilizadores ter um teste positivo de coronavírus, há a possibilidade de inserir o resultado na aplicação móvel e, assim, informar, de forma anónima, as pessoas com quem tiveram um contacto próximo.
Angela Merkel defendeu que o mais importante na luta contra o coronavírus é evitar novas infeções.
"Para isso, o nosso comportamento é essencial: é preciso manter distância, usar máscaras e lavar as mãos com frequência", lembrou.
Desde o início da pandemia, a Alemanha registou 190.609 casos de infetados, dos quais 9.054 óbitos.
Atualmente, os hospitais alemães têm 376 pacientes com covid-19 nos cuidados intensivos.
A pandemia de covid-19 já provocou cerca 460 mil mortos e infetou mais de 8,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.527 pessoas das 38.464 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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