O número de casos quase duplicou desde o final de maio, ultrapassando agora um total de 41.100 pessoas contagiadas desde o inicio do surto no país, segundo o Ministério da Saúde.
O levantamento gradual das restrições na Ucrânia começou a 11 de maio, com a reabertura das lojas e creches e a reentrada em funcionamento dos transportes públicos.
No total, desde o início da pandemia no país, 1.086 pessoas morreram de covid-19, segundo o Ministério.
Para os especialistas, o número real pode ser bastante maior, dado o volume relativamente baixo de testes de despistagem e atrasos nas notificações, com os resultados dos testes a demorarem dez dias a ser conhecidos.
"A taxa de ocupação dos hospitais aumentou consideravelmente", disse hoje o primeiro-ministro, Denys Chmygal, referindo que o país, de 40 milhões de habitantes, atravessa uma "vaga grave" da pandemia devido ao desrespeito das medidas de precaução.
"As pessoas deixaram de respeitar as restrições e as autoridades locais não têm coragem de as reforçar", acusou.
As autoridades começaram a preparar hospitais suplementares na perspetiva de um aumento significativo dos doentes de covid-19, segundo o primeiro-ministro.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu na quinta-feira que o número de casos de infeção pelo novo coronavírus voltou a aumentar na Europa, frisando que, a menos que a situação seja rapidamente controlada, os serviços de saúde podem não aguentar.
Várias antigas repúblicas soviéticas registaram um aumento dos casos com o fim do confinamento, especialmente a Ucrânia, Cazaquistão, Quirguistão, Arménia e Azerbaijão.