Poucas horas antes da sua partida de Washington, a bordo do avião oficial (Air Force One), a Casa Branca anunciou, sem dar explicações, que o Presidente não iria fazer a viagem para passar um fim de semana de lazer no clube que possui no Estado de New Jersey, como estava previsto inicialmente.
Judd Deere, porta-voz da Casa Branca, disse simplesmente que a decisão de cancelamento da viagem "nada tem a ver" com as recomendações de quarentena emitidas pelo governador de New Jersey para quem viaja para este Estado, cujos números de contaminação com o novo coronavírus estão a aumentar fortemente.
Os governadores dos Estados de New Jersey, Nova York e Connecticut, Phil Murphy, Andrew Cuomo e Ned Lamont, respetivamente, anunciaram quarta-feira a exigência de uma quarentena de 14 dias para as pessoas que visitem estes estados, onde as taxas de infeções estão em ascensão.
Cuomo explicou que não se trata de impedir que os viajantes entrem, já que os governos dos Estados americanos não têm competência para fechar as suas fronteiras, mas alertou para o facto de os infratores poderem ser penalizados se não cumprirem a quarentena.
O número de novos casos de contágio nos EUA foi de 40.000, nas últimas 24 horas, eclipsando a marca recorde estabelecida no final de abril, o que tem levado vários governadores a recuar nas medidas de desconfinamento que estavam a ser aplicadas.
Nos Estados Unidos foram registados cerca de 2,5 milhões de casos de contaminação, incluindo cerca de 125 mil mortes.
A pandemia de covid-19 já provocou quase 487 mil mortos e infetou mais de 9,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.