Giuseppe Conte, que falava aos jornalistas numa conferência de imprensa em Roma, acrescentou que os estabelecimentos escolares abrirão as portas no quadro de uma série de medidas destinadas a garantir o distanciamento social.
"A escola está no centro da política governamental (...). O Governo tem trabalhado bastante com o mundo da educação no seu conjunto" para definir as "diretrizes" para a reabertura das escolas, sublinhou.
"Vamos ter turmas com menos alunos. Não gosto de ver as salas de aulas como galinheiros, isso não vamos tolerar", prometeu o chefe do executivo transalpino, garantindo mil milhões de euros para investimentos suplementares "para assegurar escolas mais modernas, seguras e mais inclusivas".
Para Conte, o encerramento das escolas a 09 de março foi uma "decisão muito dolorosa".
"Estamos conscientes que não estávamos preparados para gerir o ensino à distância com um mínimo de eficácia, reconheceu, sublinhando os "esforços impostos tanto às famílias como às crianças".
As diretivas do Ministério da Educação italiano preveem uma série de medidas para prevenir a contaminação com a covid-19, entre elas com as entradas e saídas separadas, com salas separadas em grupos com alunos de idades diferentes, aulas de 40 minutos, em vez dos habituais 60, e parte do ensino a ser feito à distância.
O projeto está, porém, a suscitar algumas interrogações no país.
"Todo o mundo escolar está revoltado. Ninguém gosta do projeto" do Ministério da Educação italiano, lê-se hoje num artigo publicado no diário La Repubblica.
Primeiro país a ser afetado, à exceção da China, a Itália foi um dos países do mundo que mais sofreu com a pandemia do novo coronavírus, tendo registado, até hoje, 34.798 mortes e cerca de 240.000 infetados.
Os novos casos de contágio estão aparentemente a diminuir, de acordo com os dados das autoridades sanitárias italianas, que estão a contabilizar entre 18 a 30 mortes por dia desde o início da semana.
No entanto, Itália tem registado vários novos focos de contaminação nas últimas três semanas.
Segundo a imprensa italiana, na semana em curso foram identificados dez novos focos.
A pandemia de covid-19 já provocou quase 487 mil mortos e infetou mais de 9,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.