Presidente angolano admite novo confinamento face ao aumento de casos
O Presidente angolano admitiu hoje, em Luanda, a possibilidade de um recuo nas medidas de desconfinamento da covid-19, doença de que há já registo no país de 244 casos positivos, caso haja necessidade.
© Lusa
Mundo Covid-19
João Lourenço falava à imprensa à margem da cerimónia de inauguração de uma nova ala de Serviço de Urgência, Internamento de Curta Duração, Consulta Externa e Hospital Dia da Pediatria de Luanda e apontou o exemplo de outros países.
O chefe de Estado angolano frisou que em outros países está a acontecer um recuo e, caso haja um descuido, "também pode acontecer em Angola".
"Angola não é especial. Angola pode ser diferente, dependendo sempre do nosso comportamento, das nossas atitudes", referiu.
Segundo João Lourenço, o alívio das medidas de prevenção e combate da pandemia depende do comportamento dos cidadãos.
"Se o desconfinamento for paulatino e responsável, com responsabilidade dos cidadãos em continuarem a utilizar as máscaras, lavarem as mãos com frequência, manterem o distanciamento entre as pessoas, pode-se fazer o desconfinamento sem que haja o grande risco de aumentar os casos positivos, portanto, tudo depende de nós", frisou.
Questionado sobre se a existência dos 26 casos de covid-19 com vínculo epidemiológico por esclarecer significa que já há contaminação local, João Lourenço respondeu que a declaração obedece a critérios definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), pelo que, se não foi ainda anunciada pelas autoridades sanitárias angolanas, "significa que a situação de Angola ainda não se enquadra nos critérios que a OMS definiu".
"Se isso vier a acontecer, ou quando isso vier a acontecer, com certeza que as autoridades competentes vão anunciar que o país já entrou em contaminação local", disse.
Depois da terceira prorrogação do estado de emergência que vigorou no país entre 27 de março e 25 de maio, foi declarada situação de calamidade pública, tendo havido algum alívio nas medidas iniciais de prevenção e combate à pandemia.
Angola contabilizou, sexta-feira, 32 novos casos de covid-19, o maior registo de sempre, elevando para 244 o total de infeções do país, desde o início da pandemia no país, em março passado.
A capital angolana, Luanda, é o epicentro da pandemia, que se alastrou também à província do Cuanza Norte.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 494 mil mortos e infetou mais de 9,82 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Em África, há 9.250 mortos confirmados em quase 360 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné Equatorial lidera em número de infeções e de mortos (2.001 casos e 32 mortos), seguida da Guiné-Bissau (1.614 casos e 21 mortos), Cabo Verde (1.027 casos e nove mortos), Moçambique (839 casos e cinco mortos), São Tomé e Príncipe (711 casos e 13 mortos) e Angola (244 infetados e 10 mortos).
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