Nas últimas 24 horas morreram mais 552 pessoas devido ao novo coronavírus no Brasil, tendo sido confirmadas 30.476 infeções. No total, o país regista agora 57.622 mortes e 1.344.143 infetados desde o início da pandemia.
De acordo com os dados revelados este domingo pelo Ministério da Saúde, o número de recuperados é de 733.848.
Este domingo ficou marcado pelo protesto com cruzes colocadas em frente à sede do Congresso e que constitui parte da esplanada dos ministérios, a ampla avenida em Brasília onde estão localizados os principais edifícios públicos do país, incluindo o da presidência.
O ato batizado de 'Stop Bolsonaro' foi organizado por um movimento de esquerda que se identificou como 'Resistência e Ação' e que, desta forma, quis recordar as milhares de vítimas do novo coronavírus no Brasil, o segundo país com mais mortes e infetados com a doença no mundo.
#Atualização - O @minsaude divulga diariamente as informações sobre a #Covid19 no Brasil. Os dados deste domingo (28/06) estão atualizados.⠀Acesse o Painel Coronavírus e confira a situação nacional e de todos os estados: https://t.co/cnyJY8jjmq pic.twitter.com/4WHqnfCfkI
— Ministério da Saúde (@minsaude) June 28, 2020
"Mais de 50 mil mortes. Bolsonaro pare de negar", lia-se, em grandes letras, no única inscrição que acompanhava as cruzes cravadas no centro do poder no Brasil.
O líder de extrema-direita é um dos governantes mundiais mais céticos sobre a gravidade da pandemia, chegando a chamar a covid-19 de "gripezinha", defendendo a imediata normalização de todas as atividades e o fim das medidas de distanciamento social impostas pelos governadores e municípios para enfrentar o novo coronavírus.
O Brasil é o segundo país com mais vítimas e contágios no mundo depois do Estados Unidos, bem como um dos novos epicentros mundiais da pandemia, além de ser a nação que registou a média mais alta de vítimas nos últimos dias.
Apesar de a pandemia continuar a avançar e de o país ainda não ter atingido o pico da curva de contágio, a maioria dos governos regionais e municipais que impuseram medidas de distanciamento para conter a doença já iniciaram processos graduais de desconfinamento.
Outros pequenos atos convocados através das redes sociais com a 'hashtag' #StopBolsonaroMundial, que pediu a renúncia do chefe de Estado e criticou a sua política negacionista perante a pandemia, registaram-se hoje em algumas cidades brasileiras e no exterior, principalmente na Europa.
Em Brasília, onde o protesto incluiu também uma cerimónia ecuménica com a participação de líderes indígenas, os manifestantes pediram ao congresso a abertura de um processo político de destituição contra Bolsonaro.
"Foi um ato para denunciar os responsáveis por este genocídio", afirmou a professora Lucia Iwanow, uma das organizadoras do protesto.
Entre os manifestantes em Brasília destacou-se a presença do ex-ministro Gilberto Carvalho e da deputada federal Erica Kokay, dois importantes dirigentes do Partido dos Trabalhadores, a força política que governou durante 13 anos o país, primeiro com Luís Inácio Lula da Silva (2002-2010) e depois com Dilma Rousseff (2011-2016) no cargo de Presidente da República.