Menos de uma semana depois do presidente da câmara de Jacksonville, Lenny Curry, ter dito que não seria imposto o uso obrigatório de máscaras, os vereadores da cidade disseram que as mesmas seriam necessárias em "situações em que as pessoas não se conseguem distanciar socialmente".
A porta-voz da Casa Branca, Kayleigh Mcenany, disse que o conselho de Trump é de "fazer o que a jurisdição local solicitar".
Trump tem recusado o uso de máscara em visitas recentes a Estados e fábricas que o exigem.
Nas últimas semanas, os republicanos transferiram parte da convenção para Jacksonville, depois do governador democrata da Carolina do Norte, Roy Cooper, se ter oposto à realização de um grande ajuntamento em Charlotte, sem as devidas medidas de distanciamento social.
A ordem de Jacksonville surgiu no mesmo dia em que o diretor-executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS) ter alertado que a pandemia "não está nem perto de terminar" e está a acelerar.
"O pior ainda está para vir. Com este tipo de ambiente e condições, temos medo do pior", afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesu.
As autoridades sanitárias já registaram mais de 10 milhões de infeções confirmadas e meio milhão de mortes em todo o mundo, incluindo 2,5 milhões de casos e 126.000 óbitos nos EUA, que têm visto um aumento nos casos confirmados, especialmente no sul e oeste, com cerca de 40.000 por dia.
Os especialistas dizem que os números atuais, tanto nos EUA como no mundo, são muito maiores, em parte devido às limitações dos testes e ao grande número de pessoas sem sintomas.
Estados como o Texas, Florida e Califórnia estão a voltar atrás em algumas das medidas tomadas, ao fechar praias e bares em alguns casos e ao tornar obrigatório o uso de máscaras.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 502 mil mortos e infetou mais de 10,20 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.