O juiz do condado de Hennepin, Peter Cahill, ameaçou proibir os advogados de se pronunciarem sobre o caso, se continuarem a fazer declarações públicas.
"O tribunal não vai ficar feliz se continuar a ouvir declarações sobre três temas: comunicação social, provas e culpado ou inocente", disse.
Na segunda-feira, realizou-se a segunda audiência pré julgamento dos ex-agentes, que foram despedidos depois da morte de Floyd, em 25 de maio.
Derek Chauvin, de 44 anos, está acusado, entre outros crimes, de assassínio em segundo grau, enquanto Thomas Lane, de 37, J. Kueng, de 26, e Tou Thao, de 34, são acusados de ajudar Chauvin.
Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu depois de Chauvin, um agente policial branco, lhe ter posto o joelho no pescoço durante mais de oito minutos, enquanto estava deitado no chão.
A morte de Floyd foi condenada de forma generalizada, com dirigentes eleitos, incluindo o 'mayor' (presidente da autarquia) de Minneapolis, Jacob Frei, a exigir a acusação dos ex-polícias. O chefe da polícia Medaria Arradondo considerou a morte de Floyd um "assassínio".
Cahill pediu ao adjunto do procurador-geral, Matthew Frank, para usar a sua influência para silenciar os agentes públicos, avisando que se continuarem a discutir o caso publicamente, ele iria provavelmente "tirar (o julgamento) do condado de Hennepin e precisam de estar cientes disso".
Cahill marcou a data de 08 de março para início do julgamento dos ex-polícias, se forem julgados em conjunto, embora espere receber moções para separar os julgamentos.
A morte de Floyd ocorreu depois de ter estado imobilizado no chão por um polícia branco, que lhe colocou o joelho em cima do pescoço, durante oito minutos e 46 segundos, apesar de dizer que não conseguia respirar.
Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas.
Os quatro polícias envolvidos foram despedidos, e o ex-agente Derek Chauvin, que colocou o joelho no pescoço de Floyd, foi acusado de homicídio em segundo grau, arriscando uma pena máxima de 40 anos de prisão.
Os outros vão responder por auxílio e cumplicidade de homicídio em segundo grau e por homicídio involuntário.