Covid-19: Irão ainda enfrenta primeira vaga epidémica

O Irão ainda enfrenta a primeira vaga epidémica, assegurou hoje o Ministério da Saúde iraniano, refutando suspeitas de uma segunda vaga um dia depois de se ter registado o maior número diário de mortes ligadas ao coronavírus.

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© Getty Images

Lusa
30/06/2020 10:57 ‧ 30/06/2020 por Lusa

Mundo

Coronavírus

"Atualmente, o coronavírus atinge um pico nas províncias fronteiriças ou nas cidades que não o registaram durante os primeiros meses da epidemia", explicou Sima Sadat Lari, a porta-voz do Ministério da Saúde, interrogada pela agência oficial Irna.

"Por consequência, continuamos em presença da primeira vaga no país", adiantou.

Não se trata de uma segunda vaga epidémica, seria o caso se as províncias que já registaram "um significativo pico" das contaminações, registassem novamente uma subida das infeções, afirmou.

Na segunda-feira, Lari anunciou 162 mortos em 24 horas causadas pela covid-19 no Irão, o país mais afetado no Médio Oriente desde o aparecimento dos primeiros casos em solo iraniano em fevereiro.

Trata-se do maior balanço diário fornecido desde o início da epidemia pelas autoridades, cujos números são postos em causa por especialistas estrangeiros e alguns responsáveis iranianos, que os consideram subestimados.

Após ter registado o menor balanço diário no início de maio, o Irão tem visto nas últimas semanas uma nova subida do número de mortos e infeções, o que suscita receios de uma nova vaga epidémica.

O Irão nunca impôs o confinamento, mas anulou acontecimentos públicos, proibiu a deslocação entre as suas 31 províncias e encerrou todo o comércio não essencial em março, antes de começar a levantar as restrições em abril para tentar reanimar a economia.

As províncias mais afetadas - Khuzestan, Khorassan-e-Razavi, Curdistão, Kermanshah, Buchehr, Azerbaijão Ocidental e Oriental e Hormozgan, todas situadas ao longo das fronteiras do Irão - puderam restabelecer algumas restrições.

A pandemia da covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro em Wuhan (China), já provocou mais de 502 mil mortos e infetou mais de 10,20 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo um balanço feito da agência France Presse.

 

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