Sem reciprocidade, Espanha não 'abre a porta' a Marrocos, Argélia e China
Garantia é do ministro do Interior espanhol.
© Reuters
Mundo Covid-19
Espanha reabre, em menos de 24 horas, as suas fronteiras aos viajantes que pertençam a países que estão fora do espaço Schengen. Contudo, o país vizinho decidiu fechar portas a três deles.
O Conselho da UE, que reúne os 27 Estados-membros, aprovou formalmente por procedimento escrito na terça-feira uma lista de 15 países aos quais será permitido retomar viagens "não indispensáveis" para a Europa, mais de três meses depois do maior encerramento de fronteiras da história da União, motivado pela pandemia de Covid-19. A sua escolha teve como base a situação epidemiológica de cada um desses países.
Dessa lista, Espanha decidiu excluir Marrocos, Argélia e China alegando reciprocidade, uma vez que estes três países também bloquearam as suas fronteiras aos espanhóis.
"No caso da China, Marrocos e Argélia, a reabertura de fronteiras continuará condicionada à ação recíproca por parte desses países e à reabertura das suas fronteiras aos residentes de Espanha", afirma o ministério.
A manutenção do encerramento das fronteiras com Marrocos e Argélia significa que os milhões de migrantes marroquinos e argelinos que vivem na Europa não poderão atravessar Espanha para passar as férias nos seus países de origem, como acontece habitualmente no verão.
No caso da China, o ministério explica ter levado em conta as recomendações da União Europeia de só abrir as fronteiras dos Estados-membros após "confirmação da existência de um regime de reciprocidade por parte daquele país asiático".
Assim, a partir da meia-noite deste sábado, apenas os residentes de 12 dos 15 países não comunitários recomendados pela UE poderão viajar para território espanhol, anunciou o Ministério do Interior esta sexta-feira. São eles: Austrália, Canadá, Geórgia, Japão, Montenegro, Nova Zelândia, Ruanda, Sérvia, Coreia do Sul, Tailândia, Tunísia e Uruguai.
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