A afirmação surge na sequência do debate que se abriu no fim de semana na Alemanha, em que, no essencial, se pediu o levantamento imediato do uso de máscara, pelos menos nos estabelecimentos comerciais.
Numa conferência de imprensa, o porta-voz do executivo alemão, Steffen Seibert, reiterou a posição da chanceler e do Governo, que defendeu o uso de máscara em qualquer local da vida pública onde a distância mínima não pode ser garantida.
"Do ponto de vista atual, as máscaras são um meio importante e irrenunciável para manter o baixo número de contágios", sublinhou, lembrando que o uso protege não só quem a utiliza como também os outros, "seja num transporte público, no metro ou num estabelecimento comercial de pequena dimensão".
"A ideia é manter a obrigatoriedade de usar máscara", frisou, salientando que a utilização deve, "mais do que nunca" ser tida em conta uma vez que se aproximam as férias de verão, em que a mobilidade está a levar a um novo aumento de casos da covid-19.
Seibert lembrou que muitas pessoas estão atualmente de férias e que há regiões com um número reduzido de casos de contágio do novo coronavírus que estão a receber os turistas de outras partes do país.
"Esta nova mobilidade é para celebrar, facilita-nos a vida e fá-la mais bonita, mas tem de ser acompanhada com o cumprimento das regras que, nos últimos meses, nos têm ajudado tão bem a combater a pandemia", afirmou o porta-voz do Governo alemão, aludindo ao distanciamento social, normas de higiene e uso de máscara.
A polémica surgiu numa altura em que a Alemanha conta com cerca de 5.800 casos ativos de covid-19, integrados num total de 196.554 infetados desde a notificação do primeiro, a 27 de janeiro, tendo, nas últimas 24 horas, registado mais 219.
No mesmo período, a Alemanha não registou qualquer óbito, pelo que o total de mortes se mantém nos 9.016. Cerca de 182.200 pessoas foram, entretanto, consideradas curadas, indicam dados do Instituto Robert Koch (RKI), atualizados às 00:00.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 534 mil mortos e infetou mais de 11,47 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.