Israel acelerou demolições na Cisjordânia em junho

Israel demoliu em junho o mesmo número de casas na Cisjordânia do que nos cinco primeiros meses do ano, deixando centenas de palestinianos desabrigados, denunciou hoje a organização não-governamental (ONG) israelita Betselem.

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Lusa
07/07/2020 11:31 ‧ 07/07/2020 por Lusa

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A demolição destas casas ocorreu mesmo com a pandemia de covid-19 e coincide com os planos de anexação israelita de partes da Cisjordânia.

Segundo a ONG, 30 estruturas residenciais foram demolidas na Área C da Cisjordânia ocupada, administrada militarmente por Israel, o que causou o deslocamento forçado de cem palestinianos, 53 deles menores.

Israel alega que as estruturas careciam de permissões, que devem ser emitidas pelo corpo militar israelita nos territórios ocupados, enquanto organizações internacionais denunciam as dificuldades em obtê-las e a falta de terra para uso pela população palestiniana.

A Betselem alertou ainda para um aumento nas demolições no leste ocupado de Jerusalém, também devido à falta de permissões municipais, que também dependem de Israel, pois é uma área anexada, apesar de essa anexação não ser reconhecida pela comunidade internacional.

Treze residências foram demolidas nesta área, o dobro do número destruído nos primeiros cinco meses do ano, deixando 51 palestinianos sem teto, 31 deles menores.

"O mundo está a lidar com uma crise de saúde sem precedentes, de magnitude ainda desconhecida. No entanto, as autoridades israelitas continuam a investir tempo e esforço a abusar das comunidades palestinianas mais vulneráveis", disse Betselem, que acusou Israel de realizar uma política de expulsão dos palestinianos.

As agências das Nações Unidas em território palestiniano pediram repetidamente a Israel que interrompa as demolições na Cisjordânia e Jerusalém Oriental e desenvolva políticas de planeamento "justas" para essas populações.

O aumento das demolições na Cisjordânia coincidiu com o levantamento do encerramento imposto pela Autoridade Nacional Palestina (ANP) para conter o novo coronavírus e com os planos israelitas de anexar partes desta área, apesar da oposição da maioria da comunidade internacional.

 

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