Goa, um dos estados indianos menos afetados, tinha decidido abrir ao turismo há apenas duas semanas, em 02 de julho, com o Governo da antiga colónia portuguesa a permitir então a reabertura de cerca de 250 hotéis, após mais de três meses de confinamento.
O ministro-chefe daquele estado, Pramod Sawant, anunciou uma quarentena de três dias, com efeito a partir de hoje, e recolher obrigatório durante a noite, por causa do aumento de infeções.
O governante disse que a população não estava a respeitar as normas de distanciamento social. Nas últimas duas semanas, cerca de 40 mil pessoas foram multadas por não usarem máscara naquele estado, noticiou a agência Associated Press (AP).
Goa registou 198 novos casos nas últimas 24 horas, o número mais alto desde o início da pandemia. A antiga colónia portuguesa, um dos estados menos afetados, contabilizou um total de 2.951 infeções e 18 mortos.
O regresso à quarentena acontece numa altura em que a Índia multiplica o número de novos casos de covid-19, tendo registado 32.695 infeções nas últimas 24 horas. O total de casos desde o início da pandemia subiu para 968.876, quase um milhão de contágios.
O Ministério da Saúde indiano contabilizou ainda 606 mortes nas últimas 24 horas, um novo máximo diário, elevando o total de óbitos para 24.915.
O aumento de casos levou as autoridades a reintroduzir o confinamento em quase uma dúzia de estados e zonas de alto risco, para travar a propagação do novo coronavírus (SARS-CoV-2).
Na quarta-feira foi imposto um bloqueio de duas semanas no estado oriental de Bihar, onde quase 2,5 milhões de trabalhadores migrantes regressaram a casa depois de perderem o emprego noutras partes do país.
O principal centro tecnológico do sul da Índia, Bangalore, onde estão localizadas filiais da Microsoft, da Apple e da Amazon, também decretou uma período de isolamento de uma semana.
Cerca de uma dúzia de outros estados, incluindo Maharashtra, Tamil Nadu, Bengala Ocidental e Assam, colocaram áreas de alto risco em isolamento, permitindo apenas o fornecimento de alimentos essenciais e o funcionamento de serviços de saúde.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 579 mil mortos e infetou mais de 13,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.