Casos disparam na cidade australiana de Melbourne apesar de confinamento

Melbourne, a segunda cidade mais populosa da Austrália, registou 423 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, um novo máximo desde final de março, apesar da reintrodução do confinamento há mais de uma semana.

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Lusa
17/07/2020 07:35 ‧ 17/07/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

Além dos casos contabilizados na metrópole de cinco milhões de habitantes, as autoridades do estado de Victoria, cuja capital é Melbourne, registaram mais cinco infeções em zonas rurais.

O total das últimas 24 horas naquele estado é superior ao total diário do país desde final de março.

"Não superámos a crise, pelo contrário", disse o responsável da Saúde de Victoria, Brett Sutton.

Embora o país tivesse anunciado que conseguiu controlar a epidemia, Melbourne registou um ressurgimento de casos desde meados de junho.

A nova vaga foi atribuída a violações das regras nos hotéis em que os viajantes que regressavam do estrangeiro se encontravam de quarentena.

Em 08 de julho, a segunda cidade mais populosa do país foi colocada novamente em confinamento, durante seis semanas, após o fracasso das medidas para evitar a propagação do vírus.

"Esperamos que os números se estabilizem na próxima semana", disse Sutton.

Os estados australianos vizinhos fecharam as fronteiras para impedir a propagação do vírus, mas há casos de transmissão local. Em Sidney, no estado de Nova Gales do Sul, um residente infetado de Melbourne que esteve num bar da cidade contagiou pelo menos mais 42 pessoas.

A Austrália, com uma população de 25 milhões de habitantes, registou cerca de 11 mil casos do novo coronavírus e 116 mortes desde o início da pandemia.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 585 mil mortos e infetou mais de 13,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France Presse (AFP).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

 

 

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